segunda-feira, 3 de setembro de 2012

CAPÍTULO 1


  
  - Emma? Emma, acorda! – disse a minha mãe, abanando-me para me acordar.
  - Adormeci?
  - Sim, mas despacha-te, ainda tens tempo.
 Levantei-me logo e fui-me arranjar. Em poucos minutos estava pronta. Desci para tomar o pequeno-almoço que já estava na mesa.
  - Então, estás com muita vontade de conhecer a escola nova? – perguntou-me a mãe.
  - Sabes, depois de todos os anos mudar de escola nem tenho muita. – respondi enquanto comia os cereais – Prometes que este ano não nos mudamos?
  - Prometo – disse, mostrando-me o mindinho. Juntei o meu ao dela.
  - Apesar de tudo adoro-te, sabes?
  - Claro que adoras, como podias odiar a tua mãe?
 Não respondi. Já tinha acabado o pequeno-almoço e fui ao quarto buscar a mochila. Quando voltei a descer a mãe já estava à minha espera para me levar à escola.
 Foram precisos apenas 5 minutos para lá chegar. Apesar de não ter dito, estava ansiosa por conhecer a escola em que ia ficar. Era uma escola moderna, pelo menos por fora. Era mesmo o tipo de escola com que eu sonhava.
  - Então, ficas segura aqui? – perguntou-me a mãe num tom de gozo.
  - Fico – disse, abraçando-a. –  Vens-me buscar?
  - Venho. Até logo.
  - Até logo – respondi.
 Assim que deixei de ver o carra da mãe dirigi-me para o portão da escola. Mal o passei o meu coração começou a bater a mil. Era perfeita!


* * *



 Enquanto andava em direção à porta de entrada olhava em todo o redor. Estava felicíssima. De repente, alguém foi contra mim e caí. Era um rapaz que se apressou para me ajudar a levantar e pedir desculpa. Não consegui deixar de fitar aqueles olhos azuis esverdeados. E o sorriso, era perfeito!
  - Desculpa, por favor, desculpa – disse ele.
 Assim que voltei à terra respondi:
  - Não faz mal, os acidentes acontecem, certo?
  - Sim, mas eu devia ter prestado atenção ao que estava a fazer… Estás bem?
  - Estou, obrigada.
  - E depois disto tudo, nem me apresentei. Sou o Paulo.
  - Muito prazer em conhecer-te Paulo, sou a Emma.
  - Emma? Não és portuguesa?
  - Não, nasci em Londres.
  - Londres? Tens uma sorte…
  - Acredita que não… - disse, com um sorriso triste. - Sabes dizer-me onde é a sala 144 A?
  - Sim, é mesmo perto da minha. Queres que te leve lá?
  - Não te importas?
  - Claro que não, afinal, é o mínimo que posso fazer por ti.

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